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Nas últimas semanas, só tem se falado em coronavírus. O assunto que chamou a atenção do mundo inteiro não poderia ser outro, já que estamos enfrentando o que vem a ser a maior pandemia do século 21.
Mas é preciso olhar para o futuro, quando a realidade retornar à normalidade. Também precisamos levar em consideração que, apesar dos drásticos impactos da COVID-19 também à economia, o setor automotivo não parou.
Então, vamos mudar um pouco o foco das atenções e falar sobre a crescente tendência do setor automotivo que o futuro nos reserva: os carros híbridos – promessa de solução para o meio ambiente e para o bolso.
Vale a pena investir em um carro híbrido em 2020?
A era dos motores à combustão está perdendo força frente à crescente busca por carros com os novos motores elétricos e híbridos. Este cenário é consumado principalmente em alguns países da Europa e Estados Unidos, mas é fato que a *busca por carro híbridos já é tendência também no Brasil.
*Confira nossa tabela dos 10 carros híbridos mais vendidos do Brasil em 2019 ainda nesta matéria
Como apontado pela Infomoney, a venda de híbridos deu um salto de 320% em 2019, com a Toyota à frente e sendo o principal motor de vendas para este surpreendente crescimento.
Mesmo se tratando de carros com motores mais econômicos e menos nocivos ao meio ambiente, o mercado de elétricos não chegou a decolar, de fato – talvez pelo despreparo do Brasil em atender ao abastecimento e à manutenção de carros elétricos.
Então, resolvemos falar um pouco sobre como o Brasil tem se preparado para receber cada vez mais carros híbridos e entender se realmente vale a pena investir em um carro híbrido em terras tupiniquins ainda em 2020, explicando brevemente as características relacionadas à mecânica e à manutenção destes modelos e trazendo também algumas curiosidades. Confira na íntegra!
Como funciona o motor dos carros híbridos
Antes de falar sobre as vantagens e desvantagens dos carros híbridos, é preciso entender o funcionamento do motor híbrido e suas configurações. Assim fica mais fácil fazer a escolha certa pelo modelo que melhor se enquadra às suas expectativas na hora de comprar um carro híbrido.
Configurações: Tipos de Motorização para Carros Híbridos
Basicamente, existem 3 configurações de motorização para carros híbridos: paralelo, em série e power-split. Mas há também a configuração série-paralelo ou misto. Entenda mais sobre cada uma delas a seguir:
Híbrido em série: combustão só pra carregar a bateria
O motor de combustão dos híbridos em série atua somente para realizar a carga da bateria e não para tracionar o veículo. Ou seja, o motor elétrico só é utilizado para carregar o carro.
Híbrido em paralelo com um acoplamento: o híbrido médio
Nos híbridos em paralelo com apenas um acoplamento, o motor elétrico e o motor híbrido trabalham em conjunto para tracionar o veículo. Neste caso, não é possível utilizar apenas o motor elétrico para tracionar o carro.
Híbrido em paralelo com dois acoplamentos: um híbrido completo
Um híbrido em paralelo com dois acoplamentos é o que chamamos de “um híbrido completo”. A extensão do híbrido médio (detalhado anteriormente) permite total desligamento do motor de combustão do eixo de tração com a adição justamente deste segundo acoplamento.
Isso significa que é possível utilizar apenas o motor elétrico durante a operação. Ainda, por conta do desacoplamento total do motor a combustão, a regeneração de energia é otimizada.
Híbrido em paralelo com caixa de transmissão com duplo acoplamento
Semelhante ao modelo anterior, a configuração de um híbrido em paralelo com caixa de transmissão com duplo acoplamento também permite que o carro seja movido somente pelo motor elétrico. Porém, o motor elétrico é acoplado a uma unidade de transmissão ao em vez de ser diretamente acoplada no eixo de tração.
A adição de um acoplamento extra ao sistema anterior aumenta o tamanho da transmissão e isso pode ser um problema! Especialmente em carros tracionados pelas rodas dianteiras.
Com um sistema de transmissão de duplo acoplamento esse problema está resolvido! O motor elétrico é conectado a uma unidade de transmissão, ao em vez de eixo de tração ou flywheel. Então é possível operar em modo puramente elétrico ou com ambos motores em paralelo
Híbrido em paralelo com eixos de tração separados
Neste modelo, cada motor atua sobre um único eixo e é necessária uma transmissão semiautomática com sistema start-stop.
Como o motor de combustão pode ficar totalmente desacoplado, essa configuração é adequada para operação de híbrido completo, exercendo tração nas quatro rodas quando a bateria estiver carregada. Em alguns casos, é possível acoplar um gerador adicional ao motor para recarregar o sistema de alta tensão mesmo com o veículo parado.
Híbrido série-paralelo
Esta configuração é uma extensão das anteriores, permitindo também a ligação mecânica do sistema.
Híbrido em power-split
Esse sistema combina as vantagens tanto das configurações em paralelo, quanto da em série, mas com um custo mais elevado, devido a complexidade mecânica do sistema. Neste sistema parte da energia gerada pelo motor a combustão é usada para carregar a bateria e parte para tracionar o veículo com o motor elétrico.
A velocidade de trabalho do motor a combustão independe da velocidade do veículo. O que traz um ótimo gerenciamento e economia de combustível em baixas e médias rotações, mas nada em rotações elevadas, onde o motor a combustão precisa fazer todo o trabalho.
Entenda, na prática, como funciona o primeiro e mais novo híbrido produzido no Brasil: a nova geração do Toyota Corolla, o Altis Hybrid. Confira no vídeo abaixo:
Manutenção de motores híbridos no Brasil: um serviço caro e escasso!
Esta talvez seja a maior desvantagem para os carros de motor elétrico e também híbridos no Brasil atualmente (e nos próximos pelo menos 5 anos).
Em 2019, um cliente da Toyota registrou uma reclamação no site Reclame Aqui relatando que, ao apresentar o carro na concessionária e constatar um defeito na bateria híbrida de seu Toyota Prius 2015, a concessionária resolveu cobrar R$ 10.000 reais para a realizar a troca da bateria.
Mesmo que você seja capaz de arcar com os custos, a mão de obra especializada em carros elétricos e híbridos é muito precária, até mesmo dentro das próprias concessionárias.
Por conta dos circuitos elétricos de alta tensão dos veículos elétricos ou híbridos, o cuidado deve ser redobrado! É preciso utilizar sempre os EPI’s indicados e realizar o processo correto de desenergização do sistema, que varia conforme cada veículo. E é aí que mora problema!
Quanto tempo ainda vai levar para o Brasil atender a cada veículo híbrido lançado anualmente?
Talvez nos grandes centros urbanos não demore tanto para contarmos com profissionais capacitados com todo o conhecimento necessário e ferramentas adequadas para a manutenção de híbridos, caso este mercado cresça tão rapidamente quanto apostam algumas montadoras e como apontam grandes portais de notícias automotivas. Ainda assim, os custos de manutenção e, principalmente, no valor das peças, serão elevadíssimos!
É claro que, dentro deste possível cenário futuro, ainda existirão as manutenções periódicas padronizadas, como as revisões de direção e suspensão. Mas agora imagine o seguinte cenário: você resolve viajar para o interior com seu híbrido e, de repente, algum sistema essencial para o funcionamento da parte elétrica do veículo dá problema no meio do caminho.
Qual seria a probabilidade de encontrar um especialista em manutenção de híbridos por perto? Muito provavelmente, quase nula.
Você acabaria tendo um gasto ainda maior do que o planejado para a viagem, além do transtorno atrapalhando sua folga ou suas férias ou folga – e, convenhamos, isso é a última coisa que queremos em um momento de relaxamento como esses.
Híbridos são mais econômicos: verdade ou mito?
Dos 10 carros mais econômicos do Brasil em 2019, todos são híbridos, o que deixa o preço menos acessível, uma vez que o mais barato da lista é o Toyota Prius, que custa R$ 125.450.
Os 10 híbridos mais econômicos do Brasil
Os carros híbridos mais econômicos do Brasil em relação ao consumo de combustível, ou seja, que apresentam um melhor desempenho de quilômetros rodados por cada litro de combustível queimado, até o momento de fechamento desta matéria exclusiva, são:
1) Volvo S90
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 21,3 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 25,6 km/l
2) BMW 530E
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 20,9 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 21,9 km/l
3) Volvo XC60
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 19,2 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 20 km/l
4) Toyota Prius
Motor: 1.8 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 18,9 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 17 km/l
5) Porsche Panamera V6 e-Hybrid
Motor: 2.9 V6 24V turbo híbrido
Câmbio: dupla embreagem de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 17,8 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 25,7 km/l
6) Ford Fusion Hybrid
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 16,8 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 15,1 km/l
7) Volvo XC90
Motor: 2.0 16V turbo híbrido
Câmbio: automático de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 16,4 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 16,9 km/l
8) Porsche Panamera V8 e-Hybrid
Motor: 4.0 32V turbo híbrido
Câmbio: dupla embreagem de 8 marchas
Consumo urbano gasolina: 16,4 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 22,3 km/l
9) Lexus ES 300h
Motor: 2.5 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 16,3 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 15,5 km/l
10) Lexus CT 200h
Motor: 1.8 16V aspirado híbrido
Câmbio: automático CVT
Consumo urbano gasolina: 15,7 km/l
Consumo rodoviário gasolina: 14,2 km/l
Principais problemas e reclamações de carros híbridos segundo mecânicos e proprietários
Nota do autor: Essa matéria fio publicada no dia 20 de abril de 2020. No dia 05 de maio de 2021, recebi a seguinte mensagem no WhatsApp de uma proprietária de um carro híbrido:
“Oi Caíque
tudo bem?
Eu li sua reportagem sobre os elétricos e híbridos, eu mesma já tive o híbrido, a Xc60 T8, maravilhoso. Mas, deu problema em um sensor que a própria concessionária não conseguia resolver de jeito nenhum, aliás nem acharam defeito.
Acabou que devolvi o carro na loja onde comprei e peguei um carro a combustão novamente, mas ainda fiquei com aquele sabor da Xc60…
Agora que não conseguia carregar a bateria por ainda ter poucas estações de carregamento e por conta da demora na carga.
Tentei mandar instalar uma tomada devidamente aterrada como manda a montadora, não deu certo.
Quando ia aos shoppings , estava lá um cidadão com seu carro normal parado e ainda achava ruim quando pedia para poder utilizar a Wallbox.
Fiquei super chateada.
Ainda não é o momento para termos um híbrido ou elétrico mesmo?”
A mensagem da Débora foi extremamente gratificante para mim. Primeiramente, porque, mesmo sendo Técnico em Manutenção Automotiva, pesquisei muito sobre essa tendência que é a entrada dos carros híbridos e elétricos no mercado durante a produção deste conteúdo e me deparei com diversas reclamações sobre os mesmos em fóruns, mas nada se compara à avaliação única de quem viveu na pele um tipo de problema.
Saber que alguém, não apenas dedicou seu tempo e atenção à leitura, mas ainda confirma os pontos levantados sobre as principais dificuldades de ter um carro elétrico no Brasil, para mim, é um verdadeiro motivo de orgulho e prova de que estou no caminho certo.
Agradeço à Débora pelo interesse à discussão, mas também sinto pela decepção em relação à experiência com o Volvo XC60 T8.
Confira abaixo alguns outros problemas relatados em relação a híbridos e elétricos no Brasil.
Como já apresentamos nesta matéria, um dos principais problemas que os proprietários de carros híbridos podem se deparar é em relação à necessidade de realizar a manutenção especializada, ainda escassa no Brasil e, consequentemente, mais cara.
Além disso, alguns casos de problemas com híbridos merecem a atenção de quem tem interesse por este mercado. Confira abaixo os principais problemas com carros híbridos no Brasil já relatados e saiba como as marcas têm se posicionado a respeito.
Recall do Prius
No ano passado (2019), 432 unidades do Toyota Prius produzidas entre 2011 e 2013 tiveram de passar por um recall relacionado ao sistema híbrido, onde o dispositivo de segurança – acionado automaticamente em caso de qualquer defeito no sistema híbrido do Prius – não operava de maneira adequada, levando o motor do carro a uma considerável redução de potência e da velocidade até a parada total do veículo durante a condução.
A saga do Ford Fusion 2014 Hybrid
O proprietário de um Ford Fusion Híbrido 2014 reportou um problema de aquecimento no motor híbrido no Reclame Aqui, dizendo que “havia o registro de erro do sistema de arrefecimento no módulo do carro”.
Segundo o proprietário, o carro – já próximo aos 27.000 km rodados – começou apresentar, de maneira intermitente, no computador de bordo a seguinte mensagem: “TEMPERATURA LÍQUIDO DO RADIADOR MUITO ALTA“.
Ao enviar o carro para uma das unidades da concessionária Ford Caoa, a fim de verificar o problema do sistema de arrefecimento e realizar a revisão – conforme indicado no plano de manutenção pela montadora, a concessionária Ford Caoa realizou a leitura do sistema e identificou que realmente existia o problema no módulo do carro, fazendo o reset e atualização de todo o sistema do híbrido e, aparentemente, solucionando o problema (até então).
Imagem meramente ilustrativa do Ford Fusion Hybrid que apresentou problemas de aquecimento de motor | Fonte: WebMotors
Após certo período de uso, o carro voltou a apontar o mesmo problema, também de maneira intermitente. O proprietário retornou à concessionária e deixou o veículo por volta de duas semanas para só então retirar o carro. A concessionária informou que novamente foi realizada a leitura, o reset e a atualização de todos os sistemas, incluindo agora a revisão do líquido do sistema de arrefecimento do híbrido e, com isso, resolvendo o problema.
Novamente, passado certo tempo de uso, o Ford Fusion Hybrid voltou a apresentar o mesmo erro intermitente pela terceira vez! Já se somavam 2 revisões num período de apenas 7 meses de uso.
Mais duas semanas na concessionária e uma nova resposta: por se tratar de uma situação muito específica, a concessionária teve de realizar todos os procedimentos de testes e atualizações junto à montadora Ford, chegando à conclusão de que o problema se encontrava na Bomba de Água Elétrica do Sistema Híbrido, que estava com seu funcionamento inoperante de maneira intermitente e que o custo para para substituição da peça ficaria em R$ 3.738,02 reais.
Resumo da ópera: o proprietário alega não ter encontrado suporte adequado e necessário na rede de concessionárias e da montadora Ford, sendo obrigado a arcar com o prejuízo por falta de mão de obra capacitada.
Outro proprietário de um Fusion híbrido também relatou ter sido obrigado a levar o carro por diversas vezes e até em diferentes concessionárias, por falta de mão de obra especializada para diagnosticar o carro, onde o obrigaram a realizar vários serviços nas tentativas de diagnósticos e solução, como: substituição do líquido de arrefecimento, substituição dos sensores de temperatura dos motores elétricos e a combustão e, por último, a substituição da ventoinha.
Tá vendo como não adianta investir em um carro com tecnologia de ponta se não há manutenção adequada para ele? Híbrido ou não, sabemos que o Ford Fusion é um carro excelente! Mas, como toda máquina, requer cuidado. Por isso a importância de realizar a manutenção periódica em um auto center especializado e de confiança, como a Mix Auto Center.
O que os mecânicos da Mix Auto têm a dizer sobre problemas em relação a motores híbridos?
Conforme indicam os mecânicos da Mix Auto, o problema pode ser ainda maior ainda se a configuração de motorização do seu carro híbrido for em série. Como foi previamente citado nesta matéria, na configuração em série, o motor à combustão está ali apenas para carregar a bateria. Ou seja, se ficar sem a parte elétrica, o veículo simplesmente não terá tração para andar, já que ela vem integralmente do motor elétrico.
Por isso, acreditamos que o cenário dos carros elétricos e híbridos dominando o mercado de carros populares ainda está um pouco longe de acontecer.
Os 10 híbridos mais vendidos do Brasil em 2019
Dos dez carros híbridos mais vendidos (no Brasil em 2019), os três primeiros deles são todos da Toyota, dominando o pódio dessa lista.
| Posição | CARRO | VENDAS |
| 1 | Toyota Corolla | 3.619 |
| 2 | Toyota RAV4 | 3.161 |
| 3 | Toyota Prius | 852 |
| 4 | Volvo XC60 | 823 |
| 5 | Lexus NX 300 | 528 |
| 6 | Lexus UX250 | 490 |
| 7 | Volvo XC90 | 281 |
| 8 | Porsche Panamera | 182 |
| 9 | BMW 530 | 163 |
| 10 | Lexus ES 300 | 135 |
Além dos três híbridos queridinhos da Toyota – o Corolla Híbrido, o RAV4 e o Prius, respectivamente como os mais vendidos, também podemos a recorrência de carros da Volvo e da Lexus – lembrando que a Lexus é a divisão de veículos de luxo da Toyota com sede no Japão.
O Lexus NX 300 e Lexus UX250 ocupam respectivamente a 5ª e a 6ª posição, enquanto que o Volvo XC60 vem à frente, na quarta posição, e o Volvo XC90 ocupa o sétimo lugar dessa lista. Em oitavo lugar temos o luxuoso Porsche Panamera, seguido pela BMW 530, em nono lugar, e novamente um Lexus, finalizando essa lista com o Lexus ES 300 em décimo colocado no ranking de vendas.
Assim sendo, apesar de a Volvo se mostrar uma forte concorrente, a Toyota ainda domina o ranking de vendas de híbridos no Brasil, inclusive com sua divisão de luxo, a Lexus, que ajuda a compor 4 dos 5 mais vendidos dessa lista.
Como carregar um carro híbrido?
Os carros híbridos, diferente dos carros elétricos, não precisam ser carregados para se moverem, isso porque possuem o motor a combustão.
Os carros híbridos tradicionais, como o Toyota Prius, possuem uma bateria própria, desta forma não necessitam do carregamento a parte. Sua bateria a combustão é carregada automaticamente, e conta com freios regenerativos, produzindo energia pela frenagem.
Já os híbridos plug-in possuem uma tomara para o carregamento em estações domésticas ou públicas. A vantagem desse modelo é a maior autonomia no modo elétrico, superando os 50 km.
Vale a pena pagar mais por um carro híbrido?
Depois de tudo que falamos sobre estas máquinas movidas a energia alternativa que vêm conquistando o mercado, conseguiu chegar à conclusão se vale a pena ou não comprar um carro híbrido? Ainda não? Então vamos expor alguns pontos positivos e negativos para tentar sanar suas possíveis dúvidas. Confira abaixo!
3 vantagens de comprar um carro híbrido
Certo, começando pelos pontos positivos, aqui estão as principais vantagens de investir em um carro híbrido:
1. Valor do Seguro mais em conta
No Brasil, ainda não existe um incentivo considerável do governo para se ter um carro híbrido. Sem falar que o custo de aquisição de um híbrido ainda é bastante elevado, ficando acima dos R$ 100 mil reais. Mas um ponto atraente para o comprador de um carro híbrido é o valor do seguro reduzido em comparação a outros carros da mesma classe com motor somente à combustão.
2. Carros híbridos consomem menos combustível
Levando em consideração que o carro híbrido depende menos do motor à combustão e que o motor geralmente é menor e mais leve, carros híbridos rendem mais quando comparados aos tradicionais veículos de motor à combustão interna, principalmente cidade.
3. Carros híbridos causam menos danos ao meio ambiente
O impacto ambiental é consideravelmente reduzido quando se fala em ter um carro híbrido. Justamente por não necessitarem totalmente da queima de combustíveis fósseis para desempenhar, reduzem a emissão de gases danosos ao meio ambiente.
3 desvantagens de comprar um carro híbrido
Como toda moeda tem dois lados, não podemos analisar o valor de um híbrido apenas com base no lado positivo. Então, aqui vão alguns pontos que devem ser levados em consideração:
1. Alto custo de aquisição
Como já observamos, infelizmente no Brasil o custo para se adquirir um carro híbrido ainda não é nada baixo. Considerando que, atualmente, o híbrido mais barato no mercado nacional é o Toyota Corolla Altis Hybrid, comercializado por R$ 124.990 reais, esse tipo de veículo ainda está longe de se tornar um carro popular para o brasileiro.
2. Manutenção cara e escassa
Outro ponto já falado é a falta de mão de obra qualificada e o elevado custo das peças dos componentes do sistema elétrico.
3. Despreparo urbano para abastecimento
Ao contrário de alguns países que já investem no preparo para atender a carros elétricos e híbridos com pontos de abastecimento espalhados pela cidade – como é o caso da Itália, por exemplo, no Brasil, o cenário ainda é de total despreparo para o abastecimento de um alto volume de carros movidos a energias alternativas.
Logo, a estrutura do sistema de abastecimento de energia elétrica também teria problemas de suprir a necessidade dos carros plug-in e principalmente dos integralmente elétricos.
Pois bem, caros leitores e leitoras. Para pensarmos à frente, num futuro livre da COVID-19 e com mais carros híbridos circulando pelas ruas do Brasil, precisamos considerar o cenário atual para não nos arrependermos no futuro.
Esperamos ter esclarecido as principais dúvidas em relação ao mercado de híbridos que você pudesse ter e te ajudar a fazer a melhor escolha.
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