Após muita expectativa, nova geração do SUV finalmente está pronta para estrear. Com porte menor que o dos rivais, ele aposta na tecnologia para atrair consumidores
O Ford EcoSport chegou ao mercado brasileiro em 2003 cercado de dúvidas. Afinal, muita gente desconfiava que aquele jipinho construído sobre a base do Fiesta pudesse vingar. A promessa off-road vivia mais no estilo do que na mecânica, por mais que o 4×4 fosse introduzido depois. O resto da história você conhece. O modelo não só se tornou um sucesso, como praticamente criou o segmento de SUVs compactos.
Após 14 anos (e muitos deles liderando as vendas na categoria), o pioneiro ganhou concorrentes de peso e acabou despencando do pódio. Estava mais do que na hora de reagir. Mesmo assim, o visual não foi tão modificado quanto se poderia imaginar. As principais mudanças ocorreram na dianteira, onde a parte central do capô foi levantada e as duas entradas de ar deram lugar a uma única.
Com isso, toda a frente transmite a impressão de que foi erguida, resultando em uma aparência mais robusta. Nas laterais, os retrovisores têm novo desenho e a traseira ganhou novo detalhe na parte inferior do para-choque. E só.
Calma. Antes de criticar a timidez da Ford, é melhor conhecer a parte de dentro do novo EcoSport. É aqui que o SUV compacto justifica a denominação “novo”. É possível destravar as duas portas dianteiras e a do porta-malas sem tirar a chave presencial do bolso, e já ao primeiro olhar percebe-se que o interior mudou bastante.
O painel é totalmente novo, com destaque para a bem dimensionada tela tátil de oito polegadas da central multimídia, algo que o anterior devia. O acabamento também foi modificado, com boa parte das peças revestida de material macio ao toque.
A versão Titanium – a mais sofisticada da linha – foi a única apresentada e contava com ar-condicionado automático digital (uma zona), bancos de couro (manuais) e sistema de áudio Premium da marca Sony com nove alto-falantes.
O quadro de instrumentos também foi modernizado e agora oferece visualização bem mais clara e rápida, com um pequeno monitor do computador de bordo no centro. Essas informações podem ser selecionadas por meio dos botões no volante multifunção revestido de couro e com maior dimensão que o anterior. A conectividade é garantida pelo moderno Sync 3, da Ford, compatível com Apple Car Play e Android Auto. Existem ainda duas tomadas USB iluminadas no console central.
Ainda não foi a hora de testar o novo 1.5 Dragon de 137 cv e 16,2 kgfm de torque, o EcoSport Titanium tem outra novidade sobre o capô: o mesmo 2.0 de injeção direta que equipa o Focus, capaz de entregar 176/170 cv e 22,5/20,6 kgfm com etanol e gasolina, respectivamente, contra 147/140 cv e 19,7/18,8 kgfm do antigo, dotado de injeção eletrônica. Com isso, passa a ser o mais potente do segmento. Tem mais: um câmbio automático de seis marchas substituiu o PowerShift de dupla embreagem e oferece, finalmente, trocas por borboletas.
Outro avanço foi a inclusão de sistemas de assistência, entre eles monitor de ponto cego, sensor e câmera de ré (com indicador de trajetória) e alerta de tráfego cruzado na traseira.
A versão Titanium terá monitor de pressão dos pneus, além de sete airbags (único no segmento com airbags para os joelhos do motorista), controles de estabilidade e de tração, assistente de rampas e sistema anticapotagem. Faróis de xenônio com luzes diurnas de led, sensores de chuva e luz, retrovisor eletrocrômico e teto solar são outros destaques.
A engenharia trabalhou para aprimorar a já conhecida boa dirigibilidade do Eco, e assim a suspensão dianteira ganhou 17 mm de curso, enquanto o eixo traseiro ficou 15% mais rígido. Buchas e molas também foram recalibradas, resultando em um conjunto mais eficiente na absorção de impactos, mais resistente às torções da carroceria e que proporciona maior suavidade com relação à aspereza na direção.
A aerodinâmica também mereceu atenção, a fim de reduzir o nível de ruído do veículo e aumentar o conforto dos ocupantes. A grade é capaz de fechar para gerar menos arrasto ou aquecer mais rapidamente o motor.
Com tantas novidades, por que a Ford não aumentou as dimensões do EcoSport para equipará-lo aos rivais? A plataforma do Fiesta não permite que o SUV cresça muito. Assim, mesmo com as melhorias de conteúdo, o Ford segue oferecendo espaço apenas razoável para quem viaja na traseira, além dos encostos excessivamente inclinados para evitar que adultos fiquem com a cabeça muito próxima do teto.
O porta-malas, com capacidade para 356 litros, pode ser ampliado com o rebatimento dos bancos traseiros (divididos na proporção 60/40). Há ainda uma divisória que permite deixar o piso do compartimento plano e criar um pequeno compartimento próprio para bolsas ou outros objetos “escondidos”.
Mas é rodando que o novo EcoSport 2.0 Titanium agrada mais. Aceleramos o novo modelo na pista de testes da montadora, em Tatuí (SP), onde pudemos constatar a melhoria do conforto acústico. Mesmo em altas velocidades, o ruído do vento é quase imperceptível. O ronco do motor também não incomoda, assim como o barulho dos pneus, ainda que o piso do campo de provas seja bem melhor que o encontrado nas ruas e avenidas brasileiras.
Não foi possível realizar qualquer teste cronometrado, mas o motor 2.0 exibiu elasticidade e suavidade nas acelerações e retomadas. A Ford anuncia zero a 100 km/h em 9,5 segundos. O câmbio automático também merece elogios, principalmente quando comparado ao antigo PowerShift. Foi possível também perceber que a suspensão está ainda mais bem acertada.
A previsão é que o EcoSport chegue às lojas em meados de agosto (o Brasil será o primeiro país onde ele será vendido, embora o carro tenha sido apresentado antes nos Estados Unidos), mas ninguém na montadora confirma preço, ou estimativa de vendas.
Um dos executivos, porém, não escondeu que a ideia é oferecer a versão Titanium mais “recheada” de equipamentos para compensar o porte menor e brigar na faixa de R$ 90 mil a R$ 100 mil, corroborando o que disse o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters na exibição do modelo durante o Salão de Buenos Aires: “O novo EcoSport terá os preços mais competitivos entre os SUVs de nova geração, tanto nas versões de entrada como nas mais equipadas”. É esperar para ver.
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